quinta-feira, 31 de março de 2011

Do Pro-Álcool ao Etanol.


É nítido o aumento do preço do “Álcool”, ou melhor, o rebatizado “Etanol” nome de maior aceitação no exterior.
Hoje o Brasil passa por um momento de desabastecimento, o etanol  é um commodity agrícola, sua produção depende das condições climáticas, e especulação do setor. Seu “concorrente” o açúcar que tem um mercado que paga muito bem e os usineiros ficam nesse de “quem da mais lucro?”. Mas nesse fogo cruzado fica o consumidor a mercê de especulação e duvidas..
Para entender o nosso Etanol vamos voltar a mais de 35 anos atrás, quando o mundo passava por uma grave crise do petróleo com preços subindo nas bombas e o governo pedindo as pessoas para economizar combustível..
 Em meio a essa crise o governo de General Ernesto Geisel criam o programa nacional do Álcool batizado como Proálcool. Seu objetivo era substituir combustíveis derivados do petróleo por uma fonte alternativa e renovável
Até o governo de Figueiredo, o Proálcool não passava de uma promessa. "O álcool é a resposta brasileira à crise energética. Mais que solução para contingências externas, é o grande desafio da década de 1980 que a nação inteira terá de enfrentar e vencer", disse o presidente João Figueiredo em uma entrevista a VEJA.
O proálcool previa a instalação de novas usinas de álcool e a
Modernização da infra-estrutura já em funcionamento. nos anos 80 o álcool mostra sinais de tornou-se uma idéia de sucesso como combustível alternativo. Um quarto dos carros vendidos no país em 1981 era movido a álcool. Para o ano seguinte, o governo federal aprovou a montagem de 292 destilarias. Além de diminuir a poluição, a nova matriz energética promoveu a criação de milhares de postos de trabalho. Nesse período o proálcool era considerado um sucesso.
Em meados de 1985 o petróleo teve uma queda no seu preço e usineiros preferiram investir em açúcar com isso trouxeram incertezas ao consumidor, que nota a falta de álcool nos postos.
 O Proálcool chega aos anos 1990 consumindo mais de 10 bilhões de dólares dos cofres públicos. Com o álcool subsidiado, a Petrobras cobre os custos de produção e acumula um prejuízo de mais de 600 milhões de dólares desde 1981. Para manter o álcool atraente, o governo mantém o preço da gasolina artificialmente alto - um dos mais caros do mundo.
O álcool é revisto em 1995 ano em que as montadoras registraram queda na produção de veículos movidos a álcool. Desde esse novo impulso, o setor explodiu. Atualmente, a iniciativa privada é responsável por crescentes investimentos no álcool como combustível e fonte energética (trecho retirado do site da Revista veja http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/proalcool-alcool-etanol-geisel-petroleo-carros-flex-economia-exportacao-cana-de-acucar.shtml 6)
A tecnologia dos motores flex fuel veio dar novo fôlego ao consumo interno de álcool. O carro que  pode ser movido a gasolina, álcool ou uma mistura dos dois combustíveis foi introduzido no País em março de 2003 e conquistou rapidamente o consumidor. Hoje a opção já é oferecida para quase todos os modelos das indústrias e, os automóveis bicombustíveis ultrapassaram pela primeira vez os movidos a gasolina na corrida do mercado interno. Diante do nível elevado das cotações de petróleo no mercado internacional, a expectativa da indústria é que essa participação se amplie ainda mais. A relação atual de preços faz com que o usuário dos modelos bicombustíveis dê preferência ao álcool.
A velocidade de aceitação pelos consumidores dos carros bicombustíveis, ou flex fuel, foi muito mais rápida do que a indústria automobilística esperava. As vendas desses veículos já superaram as dos automóveis movidos a gasolina. Os bicombustíveis representaram 49,5% do total de automóveis e comerciais leves vendidos no mês, enquanto a participação dos movidos a gasolina ficou em 43,3%, segundo a Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. A preferência do mercado levou a Câmara Setorial de Açúcar e do Álcool, órgão ligado ao governo, a rever suas projeções e indicar que a participação da nova tecnologia deverá atingir 75% (http://www.biodieselbr.com/proalcool/pro-alcool.htm)
Abril de 2010 a ANP (Agencia Nacional de Petróleo) autorizou a troca da nomenclatura Alcool para Etanol nas bombas de combustíveis, alinhando o Brasil ao resto do mundo que já usava essa nomenclatura.
Assim o Etanol Brasileiro quer  ter uma maior aceitação no mercado externo
Em 2011 Nova crise ou especulação?
A Agência Brasil informou que a Petrobrás vai importar em torno de 1,5 milhão de litros de gasolina para conseguir abastecer o mercado interno. A medida foi tomada por causa do aumento de 16% na procura pelo derivado de petróleo depois que os preços do Etanol subiram durante a entressafra.Representantes dos produtores de cana-de açúcar se reuniram com autoridades do governo federal e garantiram que o mercado será regularmente abastecido com Etanol.
Diziam por ai que "O Brasil é auto-suficiente em petróleo". Ao menos nas campanhas majoritárias de 2010 a tônica foi essa, Atribuía todo a sucesso do Alccol/Etanol a um governo ou um projeto "reciclado". “Não são conquistas de governos, mas do ambiente competitivo e da criatividade de gerações de cientistas” (revista veja Edição 1941 . 1° de fevereiro de 2006) citando sobre o brasil auto-suficiente em petróleo e o sucesso do combustível "verde" brasileiro.
Quando o presidente dos Estados Unidos vê ao nosso país a primeira pergunta que esse setor gostaria de ouvir uma boa resposta era “Quando vão quebrar as barreiras comerciais ao nosso combustível renovável?”, muito bem. Acredito que antes dessa exportação temos que garantir que esse combustível seja realmente auto-suficiente no país produtor, evitar essa escassez do produto e em conseqüência seu aumento no preço. Respeito ao consumidor.


Um abraço a todos.
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Atenciosamente Leonardo Costa.

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